Jesus destacou a importância de se ter obreiros dedicados para a expansão do Reino de Deus na Terra. Isso porque o ministério é indispensável para a obra de Deus.
Em Lucas 10.2, lemos as seguintes palavras de Jesus aos setenta, os quais enviou de dois em dois a todas as cidades e lugares aonde havia de ir: “Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros a sua seara.” A Igreja precisa de bons obreiros.
Primórdios do ministério
Os primórdios do ministério na Bíblia estão em Gênesis. O Livro dos Começos nos mostra que, nas primeiras famílias, os pais tementes a Deus eram os sacerdotes da família. Há muitos exemplos que apontam para isso.
Abel apresentou uma oferta (de animais) ao Senhor (Gn 4.4 e Hb 11.4). As Escrituras nos dizem que com Sete se começou a invocar o nome do Senhor (Gn 4.26). Noé edificou um altar e ofereceu holocaustos ao Senhor (Gn 8.20). Esta é a primeira menção de altar na Bíblia.
Melquisedeque era sacerdorte do “Deus Altíssimo” (Gn 14.18 e Hb 7.1). Abraão edificou altares ao Senhor em Siquém, Betel e Hebrom (Gn 12.6-8; 13.4,18). Isaque fez a pergunta: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”, Gn 22.7. Isso mostra que ele estava habituado a ver seu pai Abraão oferecer sacrifícios ao Senhor (Gn 22.13). O próprio Isaque edificou um altar ao Senhor (Gn 26.25).
Jacó também edificou um altar ao Senhor (Gn 33.20; 35.1,3,7). Jó, contemporâneo dos patriarcas, oferecia holocaustos ao Senhor. Isso implica altar (Jó 1.5).
Mais à frente, vemos Israel, como nação, sendo colocada por Deus como “um reino sacerdotal” (Ex 19.6; 2Pd 2.9 e Ap 1.6). Em Êxodo 19.22,24 e 24.5, vemos o sacerdócio mosaico. Já em Levítico 3.6 e Números 18.2, vê-se a instituição do sacerdócio levítico. Os textos de Êxodo 28.1 e Números 18.1 falam justamente de Arão e seus filhos, que eram da casa de Coate e serviriam no sacerdócio. Os filhos de Arão eram Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
Na igreja atual, de forma geral, há quatro tipos de obreiros na Seara: o bom obreiro, o mau obreiro, o falso obreiro e o ex-obreiro.
O bom obreiro
O bom obreiro tem suas características destacadas nas Sagradas Escrituras. Em 1 Timóteo 4.6, Paulo fala ao jovem obreiro Timóteo obreiro a ser fiel e diligente no ministério, pois, assim, ele seria “um bom ministro de Jesus Cristo”.
Em Mateus 25.21,23, na parábola dos dez talentos, Jesus fala que os servos que investiram nos talentos que lhes foram deixados para administrar receberam de seu senhor o reconhecimento como servos bons e fiéis: “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”.
“Bom”, segundo os textos bíblicos de Timóteo e Mateus, é ser sadio na fé, no viver e na doutrina bíblica; equilibrado em tudo; capaz; aprovado (2Tm 2.15); limpo quanto ao bom combate espiritual (2Tm 4.8); e duradouro quanto ao seu trabalho e aos frutos de seu trabalho.
Os sinais de um bom obreiro são nítidos. Ele é fiel, leal à toda prova e humilde. O humilde aprende mais, resiste mais, aparece pouco, mas faz muito. Um exemplo disso está em Lucas, em Atos dos Apóstolos; Aristarco (Cl 4.10) e Epafras (Fm 23).
Outros sinais são a sua espiritualidade e consagração. Ele também é dócil. É fácil de se lidar com ele. Em outras palavras, ele é exatamente o oposto do obreiro “difícil”.
O obreiro difícil é aquele complicado para dialogar e tratar de assuntos da obra e das ovelhas. É difícil pô-lo em movimento, fazê-lo funcionar. Ele é difícil de participar, comparecer e cooperar, e costuma ser evitado. Um obreiro que teve má formação ministerial pode ficar estragado pelo resto da vida se não acordar para a realidade dos fatos.
O bom obreiro é diligente, esforçado. Às vezes até exagera no trabalho do Senhor. Temos o exemplo de Epafrodito (Fp 2.25-30). Ele também é discreto e controla seus impulsos e sua língua ao falar. Apóstolo Paulo é um exemplo, como podemos ver no texto em que fala de suas “visões e revelações do Senhor” (2Co 12.1) e de seu “espinho na carne” (2Co 12.7). Outro exemplo do modo como ele sabia controlar seus impulsos está no comentário a respeito de Demas, seu obreiro auxiliar: “Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica”, 2Tm 4.10. Nada mais Paulo quis falar sobre Demas.
Outro sinal marcante de um bom obreiro é a sociabilidade. Ele é sociável com os seus pares de ministério, a sua congregação e a família. Imagine um obreiro que ninguém o quer por ser anti-social. É inadmissível.
Fonte: http://www.cpadnews.com.br
Creditos: Pastor Antonio Gilberto é consultor doutrinário da CPAD.
Tipos de obreiro na Seara (1ª parte)
Reviewed by Flaviano Silva
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